O sincretismo

05/01/2012 21:54
Não há como falarmos no candomblé, sem citarmos o sincretismo. Uma vez que ele teve seu começo nas senzalas e permaneceu de uma forma cada vez mais viva dentro da prática religiosa africana. O sincretismo foi uma maneira que os escravos encontraram para driblarem a perseguição da Igreja, que proibia o culto aos seus Deuses, por achar que se tratava de bruxaria. Então os escravos passaram a esconder as pedras sagradas dos assentamentos (Okutás), dentro de imagens de Santos, tendo assim uma maior liberdade de culto.

E foi assim que nasceu a "ligação", entre os Orixás e os Santos do catolicismo. Mas é importante lembrar que esta era apenas uma forma fictícia de seu culto, nada tendo de real com a maneira de praticar sua religião. Com o passar dos anos alguns sacerdotes, foram fazendo parte das irmandades da igreja e passaram até mesmo a introduzir algumas rezas em seu cordão herdado dos escravos.

Mas para a prática real do candomblé, estas rezas nunca tiveram muito a ver com a realidade, uma vez que na África eles não tinham conhecimento da igreja, do cristianismo, ou de qualquer outro fator religioso, que encontraram aqui. E assim nasceu o candomblé que conhecemos hoje com seu sincretismo:

Ogum - Santo Antônio e S. Jorge

Oxóssi - São Jorge , e São Sebastião

Ossãe - São Expedito , e São Benedito

Oxum – Marê - São Bartolomeu

Omulú - São Lázaro e em alguns estados é sincretizado com S. Braz

Obaluayê - São Roque

Xangô - S. Jerônimo, S. Pedro, S. João Batista, S. Judas Tadeu.

Logum – Edé - S. Miguel Arcanjo

Oyá - Santa Bárbara

Oxum - Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Aparecida, Nossa Senhora da Penha.

Yemanjá - Nossa Senhora dos navegantes, Nossa Senhora da Glória

Nanã - Nossa Senhora Santana

Ibeji - Cosme e Damião

Obá - Santa Joana D’arc

Oxalá - Jesus Cristo.
 
 

 

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